Violência Obstétrica
É a violência cometida contra a gestante e sua família em serviços de saúde durante o pré-natal, parto, pós-parto ou abortamento. Pode ser verbal, física, psicológica e até sexual. Infelizmente, é mais comum que se imagina. Veja o quadro a seguir com alguns exemplos de violência obstétrica.
Exemplos de violência obstétrica
• Impedir que a mulher tenha um acompanhante, exigir que este seja uma mulher ou restringir os horários de acompanhamento.
• Condicionar a presença do acompanhante à autorização do médico plantonista ou utilizar frases como “essa lei não vale aqui”.
• Não dar informações claras sobre o estado de saúde da mulher, realizar procedimentos sem explicar ou ouvir sua opinião.
• Não oferecer opções para alívio da dor.
• Impedir que a mulher se movimente, beba água ou coma alimentos leves durante o trabalho de parto.
• Deixar a mulher sozinha, isolada ou trancada.
• Realizar exames de toque vaginal repetidas vezes, sob o pretexto de “ensinar os estudantes a realizar o toque”.
• Fazer piadas, dar broncas, xingar ou impedir que a mulher se expresse durante o trabalho de parto. Frases como: “Na hora de fazer tava bom, porque tá chorando agora?”; “Cale a boca, você quer que a criança nasça surda?” são exemplos relatados de violência obstétrica.
Essas atitudes podem gerar responsabilização administrativa, civil e penal para os profissionais.